O futebol feminino no Brasil vive um momento histórico. A decisão do Brasileirão de 2025 entre Cruzeiro e Corinthians se transformou em um retrato do crescimento da modalidade dentro e fora de campo. O título será definido neste domingo (14), às 10h30, na Neo Química Arena, após um primeiro duelo eletrizante que terminou em empate por 2 a 2 na Arena Independência, em Belo Horizonte.
A partida de ida entrou para a história ao estabelecer o recorde de público da temporada, com 19.165 pessoas presentes.
A expectativa é que a finalíssima em São Paulo também registre casa cheia e um novo recorde, chegando perto dos 40 mil como foi no ano passado. O interesse não se limita às arquibancadas: TV Globo, SporTV e TV Brasil transmitirão os dois jogos, ampliando ainda mais o alcance do torneio.
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Esse cenário é reflexo direto do avanço esportivo e comercial do futebol feminino. Até agosto, apenas a Amazon havia fechado patrocínio para o campeonato. Com a entrada da Heatmap, agência de marketing esportivo parceira da FSports, que detém os direitos comerciais da modalidade junto à CBF, a realidade mudou rapidamente.
Hoje, já são mais de 15 marcas confirmadas na decisão. Entre elas estão Banco Sicoob, Itambé, Plié, Perdigão, Sadia, Start Bet, Ciclic, Arizona, Dover Roll, Alfapet, Aposta Ganha, Zaeli, Esportes da Sorte, Wega Motors, Luck.bet, Embalixo e Perfil Líder.
Renê Salviano, CEO da Heatmap, reforça que esse é apenas o início de uma fase estratégica. “O futebol feminino vive um grande momento, é um produto com visibilidade fantástica em suas várias formas de conexão com o público, é uma realidade de mercado e que ainda vai crescer muito até a Copa do Mundo de 2027 que acontecerá no Brasil. Estamos vivendo um momento estratégico e as marcas que chegarem antes com certeza vão aproveitar as fases ainda melhores que virão”, afirmou.
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O impacto também é comprovado em números de audiência. O jogo de ida da final, transmitido pela TV Globo, alcançou 11 pontos tanto em São Paulo quanto no Rio de Janeiro, com participação de 27% sobre o total de televisores ligados. Cada ponto equivale a 77.488 lares e 199.313 pessoas na Grande São Paulo, enquanto no Rio de Janeiro representa 48.836 residências e 120.893 telespectadores. Foi o maior índice já registrado no Brasileirão Feminino, superando o recorde de 10 pontos em 2024.
Em maio, o amistoso da Seleção Brasileira contra o Japão, exibido em horário nobre pela Globo, alcançou 30 milhões de telespectadores ao somar a transmissão aberta e por assinatura, consolidando a maior audiência já registrada para o time feminino.
A TV Brasil também ampliou seu alcance: a primeira fase da atual edição do campeonato registrou crescimento de 42,8% em relação a 2024, passando de 2,1 milhões para 3 milhões de espectadores. A média de domicílios por jogo chegou a 140 mil, um aumento de quase 20%.
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O cenário no Brasil acompanha uma tendência global. Estudo da Nielsen Sports, em parceria com a PepsiCo, projeta que o futebol feminino deve se consolidar entre os cinco esportes mais consumidos do planeta até 2030, alcançando mais de 800 milhões de pessoas, o que representaria crescimento de 38%.
A audiência mundial dos principais torneios deve subir 30% no mesmo período, acompanhada de um salto expressivo em receitas comerciais. A Copa do Mundo Feminina de 2023 já havia dado um sinal desse movimento, com a triplicação de contratos de patrocínio em relação a 2019 e forte expansão da base de fãs em mercados como China, Brasil e Índia.
No Brasil, a final entre Cruzeiro e Corinthians é, portanto, muito mais do que a busca pelo título. É a comprovação de que o futebol feminino deixou de ser uma promessa e se consolidou como produto esportivo e midiático. Um jogo que vale taça, mas também simboliza o alcance, o interesse comercial e o poder de atração de um esporte que só tende a crescer.
Fonte Site Oficial infomoney
