O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Fontes, de 63 anos, foi executado na última segunda-feira (15), no litoral de São Paulo. Com mais de quatro décadas de atuação, Fontes ficou conhecido por seu enfrentamento ao PCC (Primeiro Comando da Capital), e pelo indiciamento do chefe da facção, Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola.
Sua trajetória de combate à organização criminosa teve início nos anos 2000, quando atuava no Departamento Estadual de Investigações Criminosas.
Em 2006, Fontes foi um dos responsáveis por idealizar o plano que isolou as principais lideranças da facção na Penitenciária II de Presidente Venceslau, no interior paulista, ação que prejudicou significativamente as operações do grupo. Neste momento, ele foi jurado de morte pela primeira vez.
Em 2010, o Ministério Público descobriu um plano do PCC para assassiná-lo, levando a PM (Polícia Militar) a intervir para evitar o atentado. No mesmo período, em 2012, ele foi cercado por criminosos na rodovia Anchieta, ocasião em que reagiu e baleou os agressores. O caso foi registrado como tentativa de assalto.
Quando assume a função de delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo em 2019, um novo plano para assassinar três autoridades, incluindo Fontes, é descoberto pelo Ministério Público.
No ano seguinte, ele enfrentou mais um cerco de criminosos, reagindo e atingindo um dos agressores que conseguiu fugir. Em 2022, Fontes foi abordado por dois criminosos em uma moto, em caso registrado como tentativa de roubo.
Desde janeiro de 2023, ele ocupava o cargo de secretário de Administração na Prefeitura de Praia Grande (SP). Fontes já havia manifestado preocupação com sua segurança e a de sua família após um assalto em dezembro de 2023, quando afirmou: “Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro”.
Fonte: Site Oficial CNN Brasil