Coringa é aquele que consegue desempenhar diversas funções, mas na maioria das vezes acaba não indo bem em nenhuma delas
Resumo
Ser um profissional coringa oferece flexibilidade e visão multidisciplinar, mas a falta de especialização pode dificultar o reconhecimento e crescimento na carreira; o ideal é combinar versatilidade com aprofundamento estratégico.
No universo do futebol, o termo “coringa” é usado para descrever aquele jogador versátil, capaz de atuar em diferentes posições. Embora essa habilidade seja valiosa para o time, raramente esses atletas se tornam estrelas, pois não se destacam em uma única função. No mercado de trabalho, o conceito de profissional coringa se assemelha a essa realidade. É aquele colaborador que consegue desempenhar várias tarefas e se adaptar a diferentes áreas dentro da empresa, mas que pode ter dificuldades para construir uma carreira de destaque ou para receber o reconhecimento desejado.
A capacidade de ser um profissional multitarefa ou multidisciplinar traz uma série de vantagens. A principal delas é a flexibilidade. Em um ambiente corporativo em constante mudança, o profissional que se adapta a diferentes demandas e consegue transitar entre setores é extremamente valorizado. Essa característica o torna apto a assumir novas responsabilidades e a lidar com desafios inesperados, contribuindo para a agilidade e a resolução de problemas da equipe.
Além disso, a diversidade de experiências enriquece o conhecimento do profissional. Ao atuar em diferentes áreas, ele desenvolve uma visão mais ampla do negócio, compreendendo como os diferentes setores se conectam e impactam uns aos outros. Isso pode ser especialmente útil em cargos de liderança, onde a capacidade de gerir equipes multidisciplinares e de tomar decisões estratégicas é fundamental.
O risco da superficialidade
Apesar das vantagens, a atuação como profissional coringa também apresenta desvantagens significativas. A principal delas é o risco de não se aprofundar em nenhuma área. Ao fazer de tudo um pouco, o profissional pode acabar se tornando superficial, sem o conhecimento técnico ou a especialização necessários para resolver problemas complexos ou para se tornar uma referência em sua área de atuação.
Em mercados que valorizam o conhecimento técnico profundo, a falta de especialização pode ser um obstáculo para o crescimento da carreira. Profissionais especialistas são frequentemente mais bem remunerados e têm maior prestígio em nichos específicos. Além disso, a busca constante por novas tarefas e a dificuldade em dizer “não” podem levar a um excesso de trabalho, sobrecarga e, em casos mais graves, à síndrome de burnout.
Generalista ou especialista: a escolha estratégica
A decisão entre ser um profissional generalista ou especialista depende de diversos fatores, como o perfil do indivíduo, o setor de atuação e os objetivos de carreira a longo prazo. O caminho ideal pode ser uma combinação de ambos. Um profissional pode começar como generalista, adquirindo experiência em diversas áreas, para depois identificar aquela em que deseja se aprofundar.
No atual cenário de trabalho, as empresas buscam tanto a especialização quanto a adaptabilidade. Habilidades como a comunicação eficaz, o pensamento estratégico, a inteligência emocional e a capacidade de resolver problemas são valorizadas em todos os perfis profissionais. O sucesso, portanto, não está em ser apenas um coringa ou uma estrela, mas em combinar a versatilidade com o aprofundamento em habilidades-chave, garantindo uma trajetória profissional sólida e com propósito.
(*) Homework inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.
Fonte: Site Oficial Terra