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Trump “estende a mão” para o Irã e aponta para novo acordo nuclear

Em discurso ao Congresso de Israel, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump afirmou que está aberto para firmar um acordo de paz com o Irã e que o cessar-fogo em Gaza só foi possível após o bombardeio americano às instalações nucleares iranianas.

“Ainda assim, mesmo para o Irã — cujo regime causou tanta morte no Oriente Médio — a mão da amizade e da cooperação está estendida. Eu digo a você: eles querem fazer um acordo”, afirmou Trump.

O governo americano, no entanto, segue sem montar um desenho para o texto, mas deve envolver o término do rearmamento do exército iraniano pela Rússia, do seu projetos de mísseis e um novo tratado nuclear.

Em junho, os EUA bombardearam três instalações nucleares do Irã — em um ataque que, segundo a Casa Branca, resultou numa “obliteração total” das usinas. Mas avaliações da própria inteligência dos Estados Unidos sugerem que os principais componentes do complexo nuclear “não foram destruídos”.

No mesmo período, Israel também bombardeou instalações e assassinou lideranças iranianas. Segundo a inteligência de Tel Aviv, as ações atrasaram o programa nuclear de Teerã em dois anos.

Irã e Estados Unidos realizaram cinco rodadas de negociações, mas não chegaram a um acordo. À época, o governo de Ali Khamenei rejeitou alguns pontos — especialmente os que envolviam o fim do enriquecimento de urânio.

Neste sábado (11), o chefe da diplomacia do Irã, Abbas Araqchi, afirmou que aceitaria um plano “justo e equilibrado”, mas que não recebeu nenhum sinal de negociação.

Trump deixou de comentar se sua equipe buscou autoridades de Teerã, mas disse que o país não vai sobreviver sem um novo acordo. 

“Mas acho que o Irã vai acabar vindo junto — eles foram castigados e machucados, você sabe. Eles precisam de ajuda. As grandes sanções, como você sabe, são tremendas sanções. Eu adoraria suspender as sanções quando eles estiverem prontos para conversar”, disse o americano.

As sanções citadas por Trump voltaram a vigorar no final de setembro, depois do Conselho de Segurança da ONU acusar o Irã de descumprir o Plano de Ação Conjunto Global, assinado em 2015.

Esse acordo nuclear forçava o governo de Khamenei a reduzir estoques e capacidade de produção de urânio, criar menos centrífugas e limitar pesquisas sobre o tema. Em troca, a ONU (Organização das Nações Unidas), os EUA e a Europa suspenderiam as sanções contra o Irã.

Os europeus acusaram Teerã de violar “quase todos seus compromissos” e tentar desenvolver um programa nuclear.

Com isso, foram reestabelecidos embargos de armas e outros tipos de penalidades econômicas ao Irã. No entanto, a Rússia — membro permanente do Conselho de Segurança — não reconhece as medidas.

Nesta segunda (13), o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse que vai seguir fornecendo equipamentos militares a Teerã, conforme o direito internacional.

Fonte: Site Oficial CNN Brasil

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