A Justiça Militar do Estado de São Paulo realizou, nesta segunda-feira (13), o julgamento dos policiais militares acusados de torturar, agredir, ameaçar e queimar adolescentes de 14 anos com bitucas de cigarro. O caso ocorreu em maio de 2024.
Os réus envolvidos são Leandro de Freitas Menezes, Guilherme Correia Jordão, Virgínia Gonçalves Rakaukas, Igor Vianna da Silva e Gilmar Fim.
Segundo o relato dos agentes no B.O (Boletim de Ocorrência), eles estavam em patrulhamento quando viram um carro roubado ocupado por três pessoas, que aparentavam ser menores de idade. Com a aproximação da viatura, eles teriam tentado fugir a pé.
Dois adolescentes de 14 anos foram apreendidos.
PM acusado de matar jovem negro em mercado de SP vai a júri popular hoje
As famílias das vítimas contestaram a versão dos PMs, alegando que os meninos tinham saído da casa de um amigo no momento em que foram abordados pela viatura.
Os jovens relataram terem sido torturados e agredidos com socos pelos policiais e sofreram queimaduras de cigarro nos braços, além de receberem ameaças de morte. Com medo do que poderia acontecer, os meninos confessaram o crime.
Decisão
Por meio de votação unânime, o Conselho Permanente de Justiça da 4ª Auditoria Militar condenou Leandro de Freitas e Guilherme Correia a 2 anos, 2 meses e 20 dias de detenção, a serem cumpridos em regime aberto, pelo crime de violência arbitrária.
Já os policiais Virgínia Rakaukas, Igor Vianna e Gilmar Fim foram absolvidos pelos crimes imputados, em decisão não unânime.
A sentença ainda pode ser contestada pelo MPSP (Ministério Público de São Paulo) e pela defesa dos réus.
* Sob supervisão de Tonny Aranha
Fonte: Site Oficial CNN Brasil