Na catequese de hoje, Papa tomou o exemplo dos discípulos de Emaús, tristes e desolados após a morte de Jesus, para falar sobre como o reconhecimento da ressurreição muda a perspectiva no mundo
Da Redação, com Boletim da Santa Sé
Foto: REUTERS/Yara Nardi
A Ressurreição de Jesus Cristo foi uma explosão de vida e de alegria que mudou o sentido de tudo. E assim sendo, pode curar uma das doenças do tempo presente: a tristeza. Esse foi o centro da reflexão do Papa Leão XIV na catequese desta quarta-feira, 22.
“Invasiva e difundida, a tristeza acompanha os dias de muitas pessoas. Trata-se de um sentimento de precariedade, às vezes de profundo desespero, que invade o espaço interior e parece prevalecer sobre qualquer ímpeto de alegria.”, considerou o Papa na abertura de sua reflexão.
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Leão XIV lembrou que a tristeza tira sentido e vigor à vida, uma experiência que remete à famosa narração do Evangelho de Lucas sobre os dois discípulos de Emaús. Eles estavam desiludidos e desanimados após a crucificação e sepultamento de Jesus. O episódio mostra uma espécie de paradigma da tristeza humana, explicou o Papa: com a morte de Jesus, a esperança dos discípulos se dissipou, a desolação tomou posse do coração. Mas essa triste viagem de derrota aconteceu no mesmo dia da vitória da luz, da Páscoa, e aí está o paradoxo.
Papa abençoa bebê durante a Audiência Geral / Foto: REUTERS/Yara Nardi
Reconhecer Jesus reacende a esperança
Em dado momento, um viandante se aproxima dos discípulos – é Jesus ressuscitado, mas eles não o reconhecem. “A tristeza ofusca o seu olhar, apaga a promessa que o Mestre tinha feito várias vezes: que seria morto e que ao terceiro dia ressuscitaria.”
Jesus ouviu os discípulos, deixou que desabafassem a própria desilusão, mas depois os repreendeu por serem “insensatos e lentos de espírito” em crer no que os profetas anunciaram: que Cristo sofreria, morreria e ressuscitaria. Neste momento, a esperança reacende no coração deles; naquela noite, quando Jesus sentou-se à mesa com eles e partiu o pão, os discípulos O reconheceram.
“O gesto do pão partido reabre os olhos do coração, ilumina novamente a visão ofuscada pelo desespero. E então tudo se esclarece: o caminho compartilhado, a palavra terna e forte, a luz da verdade… Imediatamente a alegria se reacende, a energia flui de novo nos membros cansados, a memória volta a tornar-se grata.”, disse o Papa.
A Ressurreição muda o olhar
Leão XIV lembrou aos fiéis que Jesus não ressuscitou com palavras, mas com ações, com o seu corpo que conserva os sinais da paixão. A vitória da vida é um dado real, concreto.
“É o Ressuscitado que muda radicalmente a perspectiva, infundindo a esperança que preenche o vazio da tristeza. Nas sendas do coração, o Ressuscitado caminha ao nosso lado e por nós. Testemunha a derrota da morte, afirma a vitória da vida, não obstante as trevas do Calvário. A história ainda tem muito a esperar de bom!”.
Assim, reconhecer a Ressurreição de Cristo significa mudar o olhar sobre o mundo. “Irmãs e irmãos, permaneçamos vigilantes todos os dias no enlevo da Páscoa de Jesus ressuscitado. Só Ele torna possível o impossível!”, concluiu.
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Fonte Site Oficial Canção Nova