2 out
2025
– 11h39
(atualizado às 11h43)
Com o aumento dos casos de intoxicação por bebidas adulteradas em São Paulo, uma dúvida vem circulando entre a população: será que ingerir bebidas alcoólicas originais, como vodca ou cachaça, pode funcionar como antídoto contra o metanol?
Embora o etanol — presente nessas bebidas — seja de fato utilizado em ambiente hospitalar para tratar intoxicações por metanol, o processo é diferente do consumo caseiro de álcool.
No hospital, o etanol é administrado em doses controladas, muitas vezes por sonda e sempre com supervisão médica. O objetivo é “ocupar o fígado” para que ele metabolize primeiro o etanol, retardando a ação do metanol. Paralelamente, são necessários procedimentos como hemodiálise e até medidas de suporte respiratório, já que a intoxicação pode comprometer órgãos vitais.
Segundo o Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) da Unicamp, a manobra do uso de vodka por sonda já foi usado em ambiente hospitalar para “ganhar tempo” até o uso das substâncias indicadas para esses casos.
O verdadeiro antídoto de escolha continua sendo o fomepizol, que bloqueia a formação do ácido fórmico, substância tóxica que causa os maiores danos. Na falta dele, o etanol em ambiente hospitalar pode ser usado, mas nunca de forma caseira.
Portanto, diante de sinais como visão embaçada, tontura, dor de cabeça intensa, náuseas ou dificuldade para respirar, a orientação é buscar imediatamente atendimento médico. Lá é o ambiente mais seguro até mesmo se for necessário entrar primeiramente com o uso de vodka como um antídoto.
Fonte: Site Oficial Terra