O ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, foi assassinado a tiros na noite da última segunda-feira (15), em Praia Grande, no litoral paulista. Segundo a Polícia Civil, até o momento, quatro suspeitos por envolvimento no crime foram identificados.
Em coletiva da SSP (Secretaria da Segurança Pública) de São Paulo, realizada nesta quinta-feira (18), os nomes dos suspeitos foram divulgados. Além disso, uma mulher foi presa, investigada pelo transporte do fuzil utilizado na execução.
Executores
Durante a coletiva, a SSP-SP informou que Flavio Henrique Ferreira de Souza e Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Masquerano” no PCC, são investigados pela execução de Ruy Ferraz.
Um dos suspeitos tem vasto histórico criminal. Ainda de acordo com a polícia, a ação demonstrou conhecimento tático, com armamento pesado e carro de fuga incendiado.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, declarou que “não resta dúvida de que o PCC está envolvido” na morte do ex-delegado-geral.
Mulher presa
A mulher está presa no 6º DP (Cambuci), desde quinta-feira (17), suspeita de ter transportado o fuzil utilizado no crime, em uma sacola para um homem no ABC Paulista.
Ela já havia sido levada ao DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa), no Centro da cidade, para prestar depoimento à polícia na tarde de quarta-feira (17). Pouco depois, a polícia pediu a prisão temporária, que foi decretada pela Justiça de São Paulo.
Segundo apuração da CNN, a mulher foi identificada como Dahesly Oliveira Pires, de 25 anos, e possui passagem criminal por tráfico de drogas. Durante depoimento, ela teria dito que não sabia o que trazia dentro da sacola, o que não convenceu a polícia.
Pelas redes sociais, o secretário Guilherme Derrite comentou o caso: “Temos a primeira prisão relacionada ao assassinato do Dr Ruy. Trata-se de uma mulher de 25 anos, presa temporariamente, responsável por levar da Praia Grande para a região do ABC um dos fuzis usados no crime. A polícia segue trabalhando para prender todos os envolvidos”, afirmou.
Quarto suspeito
Luiz Antônio Rodrigues de Miranda teve a prisão temporária decreta nesta quinta-feira (18), por envolvimento no transporte da arma de fogo. A decisão foi divulgada pela Justiça de São Paulo.
De acordo com o documento judicial, Dahesly Oliveira, disse ter recebido pagamento via Pix para realizar o transporte das armas, valor transferido de uma conta em nome de uma criança de 10 anos, filho de Luiz Antônio.
A Justiça considerou a prisão necessária para evitar fugas e garantir a continuidade das investigações. A medida tem prazo inicial de 30 dias.
Ele também é suspeito de ter dirigido anteriormente o carro que foi utilizado no crime.
Relembre morte de ex-delegado-geral em SP
A execução do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, de 63 anos, em Praia Grande (SP) na segunda-feira (15), mobilizou uma força-tarefa policial e gerou forte repercussão devido ao seu histórico de combate ao Primeiro Comando da Capital (PCC)
O secretário-executivo da Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico, confirmou que Fontes estava “sendo procurado, caçado”. O crime foi descrito como “covarde” e “bárbaro” pelo governador Tarcísio de Freitas e pelo promotor Lincoln Gakiya, respectivamente.
Quem era Ruy Ferraz Fontes, ex-delegado inimigo do PCC executado em SP
Fontes era considerado um dos principais inimigos do Primeiro Comando da Capital (PCC), tendo sido pioneiro no mapeamento da facção e responsável por indiciar sua cúpula, incluindo Marcola, em 2006.
Ele era jurado de morte pelo PCC desde 2006 e havia expressado preocupação com sua segurança após um assalto em 2023, dizendo: “Eu combati esses caras durante tantos anos e agora os bandidos sabem onde moro”.
*Sob supervisão de AR.
Fonte: Site Oficial CNN Brasil
