Aos 78 anos, o Padrinho do Punk prova que a idade é só um número quando se tem fogo nas veias
Na segunda edição do The Town, Iggy Pop subiu ao palco The One às 21h55 de sábado para encerrar a noite com uma performance de 90 minutos que reafirmou seu lugar como lenda do punk. Em um festival marcado por artistas que trazem sua influência no DNA, ele mostrou em primeira pessoa a força de um legado que atravessa cinco décadas.
Assistir ao Padrinho do Punk aos 78 anos é presenciar um fenômeno que desafia o tempo. Enquanto muitos de seus contemporâneos optam por apresentações mais contidas, o veterano de Detroit segue com a mesma fúria visceral que o consagrou nos anos 1960 com os Stooges. Sem concessões à idade, sem meias-medidas, apenas energia bruta em estado puro.
A abertura com “T.V. Eye” já anunciava algo especial. O setlist desfilou hinos como “Raw Power“, “I Got A Right“, “Gimme Danger“, “The Passenger” e “Lust For Life“, uma verdadeira aula de punk rock que atravessou gerações e reafirmou por que tantas bandas da programação carregam sua marca.
Entre os destaques da noite esteve a participação de Nick Zinner, guitarrista dos Yeah Yeah Yeahs, na banda de apoio. Seus riffs trouxeram uma camada extra à apresentação e criaram um diálogo interessante entre diferentes gerações do rock alternativo, reforçando a atemporalidade da obra de Pop.
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O Encerramento Perfeito
“I Wanna Be Your Dog“, “Search And Destroy” e “Down On The Street” incendiaram o público, enquanto Pop se contorcia, gritava e se entregava por completo ao ritual punk que ajudou a criar. Nada de fingimento ou teatro: apenas a expressão mais crua de uma arte feita para incomodar, quebrar padrões e provocar sensações reais.
O fim com “Funtime” e “Louie Louie” deixou Interlagos em êxtase. Mais que um show, foi um manifesto. Aos 78 anos, Iggy Pop segue provando que o punk nunca morreu, ele segue se reinventando a cada geração.
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Fonte: Site Oficial Terra