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Mano critica aumento da dívida do Corinthians e apoia projeto da SAFiel

O Corinthians enfrenta um novo desafio financeiro após registrar um déficit acumulado de R$ 103,1 milhões em sua dívida, que agora totaliza R$ 2,7 bilhões.

A situação reflete a continuidade de um cenário preocupante na gestão Alvinegra. O clube paulista tem enfrentado dificuldades para equilibrar suas contas.

“Essa notícia não me surpreende, assim como um déficit maior até o final do ano também não vai me surpreender. O Corinthians mantém as mesmas receitas e as mesmas dívidas, ele não conseguiu vender jogadores para preencher uma lacuna, inclusive para pagar parte da dívida, pagar o transfer ban. Então, a tendência do que o Corinthians tem hoje de arrecadação e o que o Corinthians tem de dívidas e juros abusivos em várias delas, a tendência é aumentar mesmo“, disse Mano durante o Domingol deste domingo (12).

Possíveis soluções financeiras

Na visão de Mano, entre as alternativas para amenizar o cenário está a conquista de títulos expressivos, como a Copa do Brasil, que oferece uma premiação de R$ 100 milhões ao vencedor. Outra possibilidade seria a venda de jogadores do elenco, que poderia gerar recursos significativos para os cofres do clube.

Além disso, o Corinthians busca renegociar contratos com patrocinadores para aumentar suas receitas.

Projeto Safiel

Uma proposta inovadora surge como alternativa para a gestão do clube: o projeto Safiel, que propõe a transformação do Corinthians em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF) com participação direta dos torcedores.

Diferentemente do modelo tradicional de SAF, onde investidores externos assumem o controle total, o projeto prevê que os próprios torcedores possam adquirir ações e participar ativamente das decisões do clube através de votos e representação em comitês de gestão. Reuniões aconteceram nos últimos meses para que o projeto seja debatido internamente.

Segundo Mano, o grande desafio do projeto Safiel será sua implementação prática, considerando a complexidade da estrutura proposta e a necessidade de ampla adesão da torcida corintiana. O modelo se diferencia das SAFs existentes no futebol brasileiro, que geralmente surgem em contextos de grave crise financeira e resultam na venda do controle do clube para investidores estrangeiros.

Eu sempre fui contrário à SAF, mas o projeto SAFiel é diferente. Porque a gente está acostumado de um modelo de SAF aqui no Brasil, que é o clube praticamente entrando em um estágio de falência ou em um estágio pré-falimentar. É você vender a alma pro diabo para quem quer que seja, um bilionário, não sei da onde, Rússia, ou da Arábia. Ele chega aqui, ninguém conhece o cara e ele começa a investir no clube. É isso que acontece dentro do futebol brasileiro na maior parte dos exemplos”, analisou o comentarista.

“O exemplo da SAFiel é você transformar o Corinthians em SAF, porém, o dono do Corinthians passa a ser o torcedor também. O torcedor tem metade do que um bilionário poderia ter. O torcedor compra ações dentro do clube e ele também participa através de votos que acontecem dentro do clube. E tem o comitê de gestão da SAF que são pessoas que vão ser eleitas pelos próprios torcedores para ocupar os cargos ali dentro, nos conselhos. Então, nesse ponto, essa ideia me agrada. O grande problema da SAF, e eu acho que o maior desafio dela, é justamente conseguir colocar o plano em prática”, finalizou.

Fonte: Site Oficial CNN Brasil

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