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quais os cenários possíveis em caso de demissão do primeiro-ministro François Bayrou

Os jornais franceses desta segunda-feira (8) analisam o voto de confiança no Parlamento ao governo do centrista François Bayrou. Analistas consideram a queda do primeiro-ministro quase inevitável, frente à falta de apoio dos partidos políticos, e começam a traçar os possíveis novos cenários para o país.

Os jornais franceses desta segunda-feira (8) analisam o voto de confiança no Parlamento ao governo do centrista François Bayrou. Analistas consideram a queda do primeiro-ministro quase inevitável, frente à falta de apoio dos partidos políticos, e começam a traçar os possíveis novos cenários para o país. 




O primeiro-ministro François Bayrou pede um voto de confiança no Parlamento nesta segunda-feira (8).

Foto: AFP – JOEL SAGET / RFI

Indicação de um premiê de esquerda? Uma nova dissolução da Assembleia? Segundo o especialista em Direito Constitucional Benjamin Morel, em entrevista ao jornal Libération, a nomeação de um político da esquerda para o cargo também não resultaria em uma maioria na Assembleia, que continuaria dividida.

A escolha de um governo técnico pode ser uma alternativa, mas ela “diminui o engajamento dos partidos políticos” na decisão do orçamento e das políticas públicas, acrescenta o especialista. Uma segunda dissolução da Assembleia Nacional também não seria uma boa ideia, na opinião do constitucionalista, pois “poderia resultar em uma maioria absoluta do partido Reunião Nacional”, de extrema direita, uma vez que, segundo analisa, “o centro perde força”.

O jornal Le Monde compara o “suicídio” político de Bayrou à dissolução da Assembleia, há mais de um ano pelo presidente Emmanuel Macron, para exigir “uma clarificação” dos franceses sobre o avanço dos extremistas no cenário político. O diário destaca a determinação do primeiro-ministro em “mostrar a verdade” para os franceses sobre o endividamento do Estado, mesmo que isso lhe custe a própria demissão. 

Aproximação com socialistas

O jornal Le Figaro traz um retrospecto dos nove meses de governo de François Bayrou e analisa a estratégia do primeiro-ministro de tentar uma aproximação com o Partido Socialista, prometendo reabrir a discussão sobre a reforma das aposentadorias, através de consultações, no formato de um “conclave” entre os parceiros sociais. Porém, os sindicatos deixaram as negociações logo no início.

Ao insistir em cortes de € 44 bilhões para o orçamento de 2026, Bayrou recebeu críticas de todos os lados: a esquerda denunciou um plano de “austeridade”, que a extrema direita considerou “injusto”.

O diário conclui afirmando que Bayrou deixará seu nome como alguém preocupado com a dívida pública, mas incapaz de obter a articulação necessária para governar.   

Fonte: Site Oficial Terra

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