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Ramon Dino faz história no fisiculturismo: campeão no Mr. Olympia

Acreano e torcedor do Flamengo, o “Dinossauro” conquista o Classic Physique no maior campeonato da modalidade. É o 1º brazuca no alto do pódio




Ramon Dino em ensaio de pose. O brasileiro, torcedor do Flamengo, faz história no maior campeonato de fisiculturismo do mundo —

Foto: Divulgação/Max Titanium / Jogada10

O Brasil alcançou um feito histórico no fisiculturismo:Ramon Dino, na madrugada deste domingo, 12/10, finalmente venceu o Mr. Olympia na categoria Classic Physique. Após anos “batendo na trave”, o acreano conquistou o título da segunda categoria mais prestigiada do torneio considerado a Copa do Mundo da modalidade. Apelidado de Dinossauro, Ramon é natural do Acre e torcedor declarado do Flamengo. Ele superou mais de 30 competidores para se tornar o primeiro brasileiro a vencer uma competição masculina no Mr. Olympia.

Vale citar que a brasileira Eduarda Bezerra também colocou o Brasil no topo ao vencer, no feminino, na categoria Wellness — a divisão mais leve, que premia a beleza das formas além da musculatura. Em segundo lugar ficou outra brasileira, Isa Nunes, campeã de 2024. A categoria Wellness foi criada em 2021, e o Brasil venceu todos os anos desde então.



Ramon Dino em ensaio de pose. O brasileiro, torcedor do Flamengo, faz história no maior campeonato de fisiculturismo do mundo —

Foto: Divulgação/Max Titanium / Jogada10

Trajetória de Dino até o topo

Ramon começou a competir no Mr. Olympia em 2021, quando terminou em quinto lugar. Em seguida, foi vice-campeão em 2022 e 2023, e ficou em quarto lugar em 2024. Em todas essas edições, o campeão foi o canadense Chris Bumstead (CBum), que se aposentou após conquistar seu hexacampeonato em 2024. Além do Olympia, Ramon Dino também compete no segundo torneio mais importante do mundo, o Arnold Classic. Ele foi campeão em 2023 e vice-campeão em 2022 e 2024. Mesmo antes do título conquistado na madrugada deste domingo, Ramon já era considerado por muitos o maior fisiculturista brasileiro de todos os tempos.

Open ou Classic?

É importante entender: a principal categoria do Mr. Olympia não é a Classic Physique, mas sim a Open Bodybuilding. A Classic tem limite de peso e altura, e os atletas apresentam um corpo mais simétrico, proporcional e esteticamente clássico — como os fisiculturistas dos anos 70, por exemplo. Já a Open é a categoria sem limite de peso, onde competem os verdadeiros “monstros” do esporte. Se o Hulk fosse fisiculturista, ele estaria na Open, jamais na Classic.

É justamente por isso que apenas o campeão da Open é oficialmente chamado de “Mr. Olympia” — apesar do enorme prestígio da Classic entre fãs e atletas. A diferença entre as categorias também aparece no valor das premiações: Ramon Dino, campeão da Classic Physique, levou US$ 100 mil (cerca de R$ 552 mil). O campeão da Open — que será conhecido na noite deste domingo — ganhará US$ 600 mil (aproximadamente R$ 3,3 milhões), dez vezes mais.

Quais as categorias

Masculinas: Open (Mr. Olympia), Classic Physique (Mr. Olympia Classic), 212 libras (até 96,2 kg), Men’s Physique (de praia) e cadeirante.

Femininas: Ms. Olympia, Women’s Physique, Figure, Fitness (com acrobacias), Bikini (categoria leve), Wellness.



Eduarda Bezerra ganhou a categoria Wwllness

Foto: Reprodução de vídeo YouTube Cortes Monster Cat / Jogada10

Entenda a disputa

É importante citar que o fisiculturismo é uma competição de exibição e poses coreografadas, onde jurados observam a qualidade e o volume muscular de cada atleta — analisando cada grupo muscular individualmente. Para chegar ao alto nível, o atleta passa por anos de musculação intensa, alimentação rigorosa, uso de esteroides e total controle médico.

A competição é tem duas etapas. A primeira se chama “prévia”, com a presença de todos os concorrentes. Nela, os jurados avaliam os competidores e os dividem em grupos: o Top 3, depois os atletas do 4º ao 8º lugar, e os do 9º ao 15º lugar. Todos os demais caem fora — não importa quantos atletas participem, todos terminam classificados como 16º colocado em diante.

A segunda etapa vale o título. Ela começa com os grupos de pior colocação na prévia (do 15º ao 12º lugar), que se apresentam novamente para que suas posições sejam definidas. A sequência continua até chegar ao Top 3, quando finalmente se conhece o campeão.

Como foi a vitória de Dino

Nove brasileiros disputaram a categoria. Porém, apenas três ficaram no Top 16 após a primeira fase (prévias), com Dino no Top 3, ao lado do alemão Mike Sommerfeld e do americano Ruff Diesel. Na apresentação final, na madrugada deste domingo, após as apresentações em grupo e individual, os jurados definiram Diesel em terceiro e Sommerfield repetindo o segundo lugar de 2024. Enfim, o Brasil chegou ao topo como dinossauro acreano. E o atleta apaga a tristeza de 2024, quando era favorito, mas por suar muito nas prévias, perdeu pontos e ficou apenas na quarta posição. Ramon, que vibrou muito ao ter seu nome em primeiro, recebeu o abraço exatamente do aposentado supercampeão CBum.

“Muitas vezes fiquei em segundo e só tenho a agradecer, pois sonhei muito com este momento”, disse em Inglês, para depois falar em bom português “Vou estudar melhor a língua inglesa ara representar ainda melhor o Brasil aqui no próximo Mr Olympia

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Fonte: Site Oficial Terra

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