Com a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o nome do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), tem sido mais cotado para a disputa da Presidência. E o reflexo vem em cascata para a disputa ao governo de São Paulo no ano que vem.
Segundo interlocutores próximos à Prefeitura de São Paulo, o cenário começa a se desenhar com três nomes centrais: o prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), o vice-governador Felício Ramuth (PSD) e o presidente da Assembleia Legislativa, André do Prado (PL).
Novas pesquisas devem testar cenários sem a presença de Tarcísio. A avaliação será determinante para medir a força eleitoral de cada um dos possíveis sucessores.
Nunes tem sido apontado por aliados como um nome competitivo, especialmente pelo conquistado junto a prefeitos do interior. Um exemplo citado por pessoas próximas ao prefeito é a sua aparição no Congresso Estadual de Municípios, em São Paulo.
Apesar disso, publicamente, Nunes afirma que não pretende disputar o governo estadual, justificando que teria de renunciar ao atual mandato. Mas, na prefeitura de São Paulo, secretários próximos a Nunes relatam que há um movimento para fortalecer quadros de confiança caso seja necessária uma renúncia, com a garantia de continuidade sob o vice-prefeito, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), aliado da família Bolsonaro.
Junto ao PSD de Gilberto Kassab, Ramuth tem angariado apoio e protagonismo, principalmente pelo partido ter eleito 206 prefeituras no Estado nas eleições do ano passado.
Além disso, segundo interlocutores, Ramuth se mostrou ao longo dos anos um “aliado de primeira hora” de Tarcísio e uma “pessoa de confiança” para assumir o governo após uma possível renúncia em 2026.
O “incumbente” como gosta de ser chamado, Felício estava na interinidade da gestão estadual quando as operações para desmantelar a favela do Moinho começaram, além de ter articulado ações junto com a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU).
Ao longo de 2026, André do Prado chegou a ter o próprio nome ventilado como um parceiro de Tarcísio em uma nova chapa ou o próprio sucessor. Na época, o presidente da Alesp mencionou estar “honrado” e até “preparado” para assumir um possível novo desafio.
Dentro do legislativo André do Prado, segundo fontes, é conceituado como “deputado do governo”, ou seja, alguém que realiza as articulações necessárias para passar projetos empacotados por Tarcísio. Um dos exemplos foi a rápida aprovação da privatização da Sabesp, um dos maiores trunfos do Palácio dos Bandeirantes em 2024.
Porém, aliados afirmam que Prado precisa melhorar a sua “penetração em diferentes regiões do estado”, já que para muitos ainda é um “político desconhecido”.
Mesmo com os crescentes rumores para disputar o Planalto, Tarcísio de Freitas reafirma — publicamente — que não possui pretensões e que não está “sequer se preparando” para uma eleição presidencial.
Fonte: Site Oficial CNN Brasil