O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que se encontrará com o russo Vladimir Putin em Budapeste, capital da Hungria, sem especificar uma data. O chefe da Casa Branca conversou com o líder russo nesta quinta-feira (16) e afirmou que “grandes avanços foram feitos”. O anúncio ocorre na véspera de uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, nesta sexta-feira (17). Ele espera que Washington forneça mísseis Tomahawk para as forças ucranianas, apesar das objeções de Moscou.
16 out
2025
– 16h24
(atualizado às 16h27)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que se encontrará com o russo Vladimir Putin em Budapeste, capital da Hungria, sem especificar uma data. O chefe da Casa Branca conversou com o líder russo nesta quinta-feira (16) e afirmou que “grandes avanços foram feitos”. O anúncio ocorre na véspera de uma reunião com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, na Casa Branca, nesta sexta-feira (17). Ele espera que Washington forneça mísseis Tomahawk para as forças ucranianas, apesar das objeções de Moscou.
Os mísseis permitiriam à Ucrânia atingir alvos em território russo. Moscou já alertou que o envio desses armamentos a Kiev seria visto como uma “escalada” e afetaria as relações entre Washington e Moscou.
Com a intensificação dos ataques russos contra infraestruturas energéticas ucranianas, os Tomahawk serão o “tema principal” da reunião entre Zelensky e Trump na sexta, além dos sistemas de defesa antiaérea Patriot, diante do temor de um inverno sem luz nem aquecimento na Ucrânia em razão dos ataques de Moscou.
Trump ainda não deixou claro sua posição em relação à questão. “A Ucrânia quer partir para o ataque, vou tomar uma decisão sobre isso”, disse na quarta-feira (15). No domingo, o chefe da Casa Branca afirmou que o uso dos Tomahawk pela Ucrânia seria “um novo passo agressivo”.
A reunião entre Trump e Zelensky pode revelar mais sobre o atual posicionamento do presidente americano, que recentemente surpreendeu ao afirmar que a Ucrânia pode vencer a guerra, elogiando a resistência desde a invasão russa.
Alguns analistas, no entanto, interpretam esses elogios como sinal de possível desengajamento e acreditam que Trump poderia deixar de interferir no conflito. O líder republicano, que sempre se orgulhou de ter uma boa relação com Putin, mudou de tom recentemente, dizendo estar “muito decepcionado” com o presidente russo.”Putin simplesmente não quer acabar com essa guerra”, declarou Trump na terça-feira.
Encontro com Putin
“Decidimos que uma reunião entre nossos principais conselheiros ocorrerá na próxima semana. As primeiras reuniões serão lideradas pelo secretário de Estado Marco Rubio, pelos Estados Unidos”, escreveu Trump na rede Truth Social, após conversar com Putin pelo telefone nesta quinta. “Depois, o presidente Putin e eu nos reuniremos em um local já acordado, Budapeste, na Hungria, para ver se podemos encerrar esta guerra ‘sem glória’ entre Rússia e Ucrânia”, acrescentou.
O Kremlin reagiu após a declaração de Trump e disse que a conversa foi “franca e cheia de confiança”. A última reunião entre Trump e Putin foi em 15 de agosto, em uma base militar no Alasca. O encontro não trouxe resultados concretos para a resolução do conflito iniciado em fevereiro de 2022 com a invasão russa à Ucrânia.
Os ataques contra a Ucrânia têm se intensificado nos últimos dez dias. Na noite de quarta para quinta-feira, a Rússia lançou 320 drones e 37 mísseis, segundo a força aérea ucraniana. Destes, 283 drones e cinco mísseis foram abatidos.
Com agências
Fonte: Site Oficial Terra